Doc 'Não Vamos Sucumbir' revela bastidores das escolas de samba e narra a retomada do carnaval após a pandemia

  • 19/09/2024
(Foto: Reprodução)
Dirigido por Miguel Przewodowski, o filme estreia nesta quinta-feira (19) nos cinemas. Documentário fala sobre a importância social e política das agremiações, com depoimentos dos carnavalescos Leandro Vieira, Jack Vasconcelos e Rosa Magalhães, além da passista Ketula Mello e do escritor Luiz Antônio Simas, entre outros. 'Não Vamos Sucumbir' revela bastidores das escolas de samba e narra a retomada do carnaval após a pandemia Divulgação Estreia nesta quinta-feira (19) o documentário 'Não Vamos Sucumbir'. O longa-metragem dirigido por Miguel Przewodowski revela os bastidores das escolas de samba do Rio de Janeiro e mostra como foi a retomada do carnaval carioca após a pandemia da Covid. Com uma linha narrativa que começa na preparação para o carnaval de 2020, passando por fevereiro de 2021, quando os desfiles foram suspensos pela pandemia, e chegando até a retomada em 2022, ‘Não Vamos Sucumbir’ é um registro histórico do papel das escolas de samba como força cultural e de voz da sociedade. Produzido pela 3 Tabela Filmes, o documentário faz uma viagem nos bastidores das escolas de samba através do olhar de seus mais importantes pensadores e trabalhadores. Personagens como os carnavalescos Leandro Vieira, Jack Vasconcelos e Rosa Magalhães, a passista Ketula Mello e o escritor Luiz Antônio Simas são alguns dos entrevistados. "A escola de samba é um grande evento de arte coletiva e nunca ganhou esse reconhecimento", analisou o diretor Miguel Przewodowski. Cena do documentário 'Não Vamos Sucumbir' Divulgação Força cultural e resistência Ao g1, o diretor Miguel Przewodowski contou que iniciou os trabalhos para o documentário ao ver o desfile da Mangueira em 2019. Com o enredo 'História para ninar gente grande”, apresentado pelo carnavalesco Leandro Vieira, o desfile exaltava personagens da História do Brasil que são pouco mencionados nos livros. Para Przewodowski, aquele samba tinha o papel de resistência diante do cenário político local e nacional. "O carnaval é uma festa do contágio do bem. Ele faz tudo isso na magia, ele te traz uma série de coisas, inclusive esse lugar de pensamento. Eu fui contagiado em 2019 pelo desfile da Mangueira. Aquele desfile me tocou profundamente. Vivíamos em um país onde tínhamos um presidente que declarou guerra contra a arte e um prefeito da cidade que era um bispo, antagonista do carnaval, uma pessoa que não conseguia entender nem o aspecto econômico e social do carnaval", disse. "O desfile da Mangueira trouxe essa reação contra esse momento e ainda tinha Marielle como um emblema. Isso acendeu em mim essa luz. Comecei a olhar o carnaval como sendo essa voz popular, com anseios políticos. Pensei que isso seria uma abordagem que me interessaria", explicou Miguel Przewodowski. Enredo 'Ratos e urubus' como marco da resistência do carnaval carioca GloboNews/ Reprodução Esse foi o ponto de partida para os trabalhos, mas os acontecimentos que vieram na sequência foram montando o roteiro final. Segundo Przewodowski, a ideia original era mostrar os bastidores do carnaval e os desfiles de 2021. Contudo, a produção foi atravessada por uma pandemia mundial. A crise sanitária global provocou a suspensão dos desfiles de 2021, o que gerou enorme impacto negativo na vida de quem vive do carnaval. "O documentário não é uma coisa que você tem um roteiro pronto. Você tem uma ideia, mas as vezes você muda completamente. É ele que diz o que você vai falar e não você que vai dizer por ele", comentou o diretor. "As escolas de samba têm muito a ensinar sobre nós e para o mundo sobre esses lugares. Todos ali estão conectados pela paixão da coisa. (...) Foi muito emocionante conseguir atravessar esse rito de passagem de um momento anterior a pandemia para esse agora e perceber que estamos mais fortes e unidos", afirmou Miguel. Bastidores do carnaval é apresentado no filme 'Não Vamos Sucumbir' Divulgação O diretor espera que o público vá aos cinemas e curta a experiência do carnaval através de suas lentes. "O passado nos ajuda a olhar para o futuro e a elaborar um caminho. Esse lugar me interessa, a perspectiva histórica desse trabalho", disse. O diretor afirmou estar feliz com o resultado do documentário e deixou no ar a possibilidade de aproveitar a grande quantidade de material produzido para uma futura série sobre o tema. "É uma sensação que o próprio nome fala "Não Vamos Sucumbir". Somos um povo solidário, embora estejamos partidos por questões idiotas de políticas partidárias", analisou Miguel Przewodowski. Serviço: ‘Não Vamos Sucumbir’ Longa-metragem de Miguel Przewodowski Estreia dia 19 de setembro Praças: Rio de Janeiro, RJ, e São Paulo, SP Rio de Janeiro – Estação NET Botafogo e Cine Santa Teresa São Paulo – Cine Bijou 92 minutos Classificação indicativa: livre Uma produção da 3 Tabela Filmes em coprodução com a Arpoador Filmes

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/09/19/doc-nao-vamos-sucumbir-revela-bastidores-das-escolas-de-samba-e-narra-a-retomada-do-carnaval-apos-a-pandemia.ghtml


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